quarta-feira, 6 de junho de 2007

Génesis

Groucho Marx dizia que nunca seria sócio de um clube que o aceitasse como sócio.
Mas nunca disse que se recusaria a escrever num blog que aceitasse os seus comentários.

Obviamente que esta conclusão inicial (sim, gostamos de contradições) que tem tanto de rigorosa como de inútil, foi aqui introduzida com um desígnio bem superior ao da simples chamada de atenção do incauto leitor – ou leitora, que bem mais nos agrada.

Foi aqui introduzida porque quisemos.

E depois de reflectir maduramente, chegamos à conclusão que aqui estaria a razão de ser deste blog a dois cérebros: a veneta. Ou seja, a pancada, a vontade, a telha, o livre arbítrio, a indisciplina crítica e mental. Em suma, o estarmos para aí virados. Ou não.

É certo, no entanto, que à data em que ficou célebre, Groucho Marx estaria mais bem mais distante de saber o que é um blog do que Paris Hilton está de receber o Nobel da Literatura. E que usava um bigode falso.

Mas não nos preocupa ser coerentes, e muito menos justos, ou ter opiniões sustentadas, e bases científicas. Nem entre nós.
Procuramos e agradecemos o non-sense e as ideias, ainda que saudavelmente lunáticas (que, como tal, são geralmente bem mais estimulantes que as ponderadas); ma non tropo!
Prometemos descriminar apenas em função de sexo, origem, idade, estado civil, inteligência, amor clubístico, preferências literárias, gostos cinematográficos ou quaisquer outras particularidades. Salvo casos ou pedidos especiais, claro.

Só para terminar: a ideia de criar o blog a dois cérebros, expressão preferível a “a quatro mãos”, que se pode prestar a interpretações infelizes, nasce de uma longa tradição de unir em dois aquilo que como um se dividiu (não, não trocamos a ordem, queremos mesmo assim) inspirada em personalidades como Dr. Jekyll & Mr. Hyde.
Como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, John e Bobby Kennedy, Pin y Pon, Dupont et Dupond, Calvin & Hobbes ou Batman e Robin (embora não tão gayzolas, de preferência).
Até como Black & Decker, os Irmãos Catita ou o Duo Ouro Negro.

Mas, essencialmente, nos 3 Mosqueteiros.
Não só porque eram heróicos, cavalheiros, espirituosos, fortes, complexos e carismáticos. Mas especialmente porque eram quatro.

Assinado:O Clube

3 comentários:

Gaja Boa 1 disse...

Falta o Aramis...

Atão??? onde anda o terceiro???

Boa sorte

Pedro disse...

Como os três mosqueteiros eram na realidade quatro, nós também podemos ser só dois!!

Mas somos dos bons!

Athos disse...

Benvinda ao nosso humilde clube!

Aramis, para nós, é um estado de alma. É quando vemos ou sentimos algo que nos transcende. Um simples sorriso, um olhar ou... até mesmo um singelo medalhão que ornamenta um orgulhoso colo.

Mais a mais, ilustre desconhecida, não é hábito das senhoras recomendar aos cavalheiros que lutem pela qualidade e não pela quantidade?