terça-feira, 26 de junho de 2007

O sexto sentido....masculino!

Existem três coisas em que normalmente nunca me engano na apreciação que faço.

1) Consigo adivinhar só olhando por trás, se a mulher que vai à minha frente é brasileira (claro está que fazer isto no Brasil não seria nada de especial!);

2) Sempre que vejo uma loja a inaugurar sei logo se terá sucesso e raramente me engano na estimativa de tempo que levará a fechar;

3) Sei quando um casal amigo (por muito que falemos em casais amigos, normalmente é só um dos elementos que o é), terá algum futuro, ou se a relação estará condenada logo à partida!

E qual a utilidade destes "feelings"?

É isso mesmo - nenhuma!

O primeiro poderia ter alguma utilidade se eventualmente trabalhasse no serviço de estrangeiros e fronteiras. Mais a mais, não tenho dúvidas que é um "dom" que grande parte dos homens apreciadores de mulheres também possuem, por isso, além de inútil é vulgar.

O segundo, serviu única e exclusivamente para eu até à data não me ter metido em trabalhos de ter um negócio próprio com amigos que muito rapidamente o iriam deixar de ser.

E finalmente o terceiro e mais importante (mas mesmo assim inútil), a única coisa que me permite é observar de uma forma mais distante a evolução da relação até ao seu inevitável fim!!

Claro está que nunca iria intervir; primeiro, porque entre marido e mulher não se mete a colher e é meio caminho andado para perder uma amizade; segundo porque eles só estarão preparados para entender o que tenho para lhes dizer quando a relação terminar, até lá, o céu é o limite!!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Sorry!

Hoje fui brindado com a palavra acima por duas meninas, por escrito, uma por e-mail e outra por SMS.

Mas que se passa?! O MI5 tomou de assalto as mulheres do nosso país e a mando da Rainha conseguiu que quando nos dessem negas o fizessem na língua de Shakespeare!?

Porquê o anglicismo? Será que assim tem mais nível a tampa que nos dão? É mais fácil de escrever? É mais abrangente?

Eu estou para a minha vida! Seguramente é Anatomia de Grey ou Donas de Casa Desesperadas a mais.

Vem isto a propósito das várias desculpas com que o "lado feminino da força" nos presenteia quando não está para aí virado. De entre as mais tocadas temos:

Doí-me a cabeça!

Estou cansada!

Tenho que me levantar cedo!

Aqui não, que pode aparecer alguém!

Vai pedir àquela mamuda para quem estavas a olhar no supermercado!

Claro está que na fase em que isto nos é dito, normalmente o cérebro já está em piloto automático e o entendimento dos argumentos apresentados é nulo, escusado será dizer no entanto que, quando voltamos à realidade, esse entendimento continua a não acontecer, senão vejamos:

Doí-me a cabeça! - E qual o problema?, a irrigação sanguínea e a libertação de endomorfinas ajudam a relaxar e a terminar com as enxaquecas (se fosse médico era capaz de dar uma explicação ainda mais sustentada!).

Estou cansada! - Não vale a pena explicar, nós não entendemos! Para sexo nunca estamos cansados, mesmo que tenhamos acompanhado a Vanessa Fernandes numa prova de triatlo, chegamos ao fim e não nos sentimos cansados para a coisa.

Tenho que me levantar cedo! - Isto para nós soa a um convite para fazê-lo (outra vez) de manhã e não um argumento para não o fazer.

Aqui não que pode aparecer alguém! - E depois? e a excitação adicional que isso pode trazer?

Vai pedir àquela mamuda para quem estavas a olhar no supermercado! - Não é que não me tenha passado pela cabeça...

Sorry qualquer coisinha!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Génesis

Groucho Marx dizia que nunca seria sócio de um clube que o aceitasse como sócio.
Mas nunca disse que se recusaria a escrever num blog que aceitasse os seus comentários.

Obviamente que esta conclusão inicial (sim, gostamos de contradições) que tem tanto de rigorosa como de inútil, foi aqui introduzida com um desígnio bem superior ao da simples chamada de atenção do incauto leitor – ou leitora, que bem mais nos agrada.

Foi aqui introduzida porque quisemos.

E depois de reflectir maduramente, chegamos à conclusão que aqui estaria a razão de ser deste blog a dois cérebros: a veneta. Ou seja, a pancada, a vontade, a telha, o livre arbítrio, a indisciplina crítica e mental. Em suma, o estarmos para aí virados. Ou não.

É certo, no entanto, que à data em que ficou célebre, Groucho Marx estaria mais bem mais distante de saber o que é um blog do que Paris Hilton está de receber o Nobel da Literatura. E que usava um bigode falso.

Mas não nos preocupa ser coerentes, e muito menos justos, ou ter opiniões sustentadas, e bases científicas. Nem entre nós.
Procuramos e agradecemos o non-sense e as ideias, ainda que saudavelmente lunáticas (que, como tal, são geralmente bem mais estimulantes que as ponderadas); ma non tropo!
Prometemos descriminar apenas em função de sexo, origem, idade, estado civil, inteligência, amor clubístico, preferências literárias, gostos cinematográficos ou quaisquer outras particularidades. Salvo casos ou pedidos especiais, claro.

Só para terminar: a ideia de criar o blog a dois cérebros, expressão preferível a “a quatro mãos”, que se pode prestar a interpretações infelizes, nasce de uma longa tradição de unir em dois aquilo que como um se dividiu (não, não trocamos a ordem, queremos mesmo assim) inspirada em personalidades como Dr. Jekyll & Mr. Hyde.
Como Gago Coutinho e Sacadura Cabral, John e Bobby Kennedy, Pin y Pon, Dupont et Dupond, Calvin & Hobbes ou Batman e Robin (embora não tão gayzolas, de preferência).
Até como Black & Decker, os Irmãos Catita ou o Duo Ouro Negro.

Mas, essencialmente, nos 3 Mosqueteiros.
Não só porque eram heróicos, cavalheiros, espirituosos, fortes, complexos e carismáticos. Mas especialmente porque eram quatro.

Assinado:O Clube